Entrevista com Vanda Ravelly

[postlink]http://portalravelly.blogspot.com/2011/05/entrevista-com-vanda-ravelly_20.html[/postlink]Hoje estamos aqui para falar, com uma das maiores cantoras paraenses da atualidade, Vanda Ravelly, a líder da Banda Ravelly, que inclusive já esteve no casting de bandas do nosso site. A banda, que tem apenas 2 anos e meio de existência, vem despontando como uma das maiores revelações do cenário nacional, sendo dona de sucessos como ‘Rubi ‘, e ‘Meteoro’, e também parte de um dos maiores plágios da história da música brasileira. O assunto causa repercussão e discussões por toda a parte, mas hoje Vanda Ravelly irá contar sua versão dos fatos.

Boa tarde Vanda ! É um prazer imenso podermos estar realizando essa entrevista com você !

Primeira pergunta: Vanda, o seu nome então era só conhecido no meio norte/nordeste, e agora com todo esse sucesso em vários outros estados, muitos fãs querem saber um pouco de sua trajetória. Como você começou na música até chegar a sua própria banda, a ‘Ravelly’?
Bem eu comecei cantando em concursos de música em minha cidade (Santa Isabel do Pará), depois na igreja, até chegar a Banda ‘Swing Latino’,depois Banda ‘Tribos’,’Chapéu de couro,’ ‘Kassikó’, ‘Veneno do Pará( que foi da minha trajetória em Recife), depois ‘Tempero do Calypso’, e por último ‘Ravelly’.

Segunda pergunta: Você foi uma das cantoras que apostou no ritmo calypso, ganhando reconhecimento nesse ritmo, pelo sucesso em uma das gerações da banda Kassikó.Qual sua opinião sobre a decadência que o ritmo calypso vem sofrendo?
O calypso ficou vinculado à banda ‘Calypso’, pelo próprio nome da banda de Joelma e do Chimbinha e toda banda tem momentos de picos e momentos de ligeiro declínio, e por isso, o motivo do ritmo estar um pouco esquecido, mas isso são fases, logo a fase de pico estará de volta.

Terceira pergunta: Como você lida com o preconceito que a música paraense atualmente sofre no Brasil ?
Bom, o preconceito existe mas não é declarado,a ‘Ravelly’ já sofreu preconceito primeiro porque diziam que eram músicas que falavam em aparelhagem, mas ‘Aviões do Forró’ por exemplo, gravou ‘Rubi’, depois falaram que eram músicas relacionadas ao público infantil,mas ‘Djavú’, foi lá e gravou,depois falaram que é porque não tínhamos bateria em nosso show, portanto não podíamos ser considerados banda, e agora existe um monte de banda de melody no Brasil. Prejulgar algo sem conhecer do que se trata é no mínimo falta de informação,mas lutamos contra isso, graças a sites, isso vem sendo possível, e um detalhe, todos aqueles que gravaram nossas músicas foi sem autorização ...

Quarta pergunta : Grande parte de seus fãs, assim como eu também, a conheceram pelo seu trabalho na banda ‘Tempero do Calypso’, ao lado da cantora Lenne Bandeira ( ex- Companhia do Calypso). Como foi trabalhar com a cantora Lenne Bandeira?O que lhe acrescentou de bom, o projeto ‘Tempero do Calypso’?

Bom, cantar com a Lenne, foi um sonho,sou fã do trabalho dela ,a vi cantar várias vezes na Companhia e nesse período me espelhava no swing dela,para cantar o ritmo calypso, e derrepente fui convidada por ela para participar de sua banda ‘Tempero do Calypso’.Lenne me ensinou a ser mais confiante no palco, e me ajudou muito na Tempero, inclusive no momento mais difícil da minha vida, a Tempero me acrescentou amadurecimento musical e como lidar nesse meio, o que é muito difícil.

Quinta pergunta: Você já cantava melodys e technos durante sua participação na banda ‘Tempero do Calypso’, e derrepente do dia para a noite surgiu a ‘Banda Ravelly’. Como começou a banda ‘Ravelly’?
Eu cantava calypso, mas gravei com Léo e Deivid, graças a minha prima Viviane Batidão, que não pôde gravar uma música com Léo e Deivid, e pediu que eu gravasse junto com eles, e junto com ela, eu fiz a música que eu iria gravar com o playback que o Léo fazia. Playback, na verdade é a batida com as notas da música, sem a melodia e a letra, e em cima do playback o compositor faz a música e a melodia, o playback corresponde a um arranjo, e no caso o Léo era o arranjador dessas músicas.Eu comecei a gravar, as músicas começaram a tocar, e eu decidi montar a banda, já que começaram a me perguntar: ‘E ai Vanda, você não vai fazer show?’,‘Você tá perdendo dinheiro’!, ai eu conversei com Deus e com vários amigos, e montei a banda junto com o Max Sandro.

Sexta pergunta: Em menos de 6 meses, a ‘Banda Ravelly’ emplacou vários sucessos, praticamente todo o primeiro cd, um sucesso atrás do outro. Você esperava tamanha repercussão?
Não, isso é coisa de Deus, existia uma mística,estava tudo traçado para assim acontecer, os playbacks eram bons e caíram no gosto da galera e as letras e melodias feitas por mim e Max Sandro, entravam nos ouvidos do público de forma perfeita .O milagre foi operado por Deus, foi algo que começou sem pretensão alguma, e acabou conhecido em todo estado e até fora dele, bom é nisso que eu acredito.

Sétima pergunta: A Banda ‘Ravelly’,do Pará, em um ano, foi parar na Bahia, sendo um tremendo sucesso nessa região, porém posteriormente foi copiada por várias bandas. O que vocês acham das bandas que copiam vocês?
Sobre o comentário que você fez a respeito da banda ter ido pra bahia, é verdade, e tudo se deu porque o ‘Zueira Legal
’( divulgador do estado da Bahia) apostou no ritmo na terra do axé, porque me conhecia da época da ‘Kassikó’, e havia feito o trabalho de divulgação da ‘Kassikó’, mas na hora de colher o fruto de seu trabalho, se desentendeu com um dos sócios da ‘Kassikó’, e acabou ficando fora da melhor fase da banda na Bahia, depois ele soube que eu estava cantando na ‘Ravelly’, e decidiu apostar no ritmo e ‘mandou bala’ na Bahia, divulgou o melody, a ponto de Paulo Palcos ( o dono da ‘Djavú’) se interessar e ligar para o Flávio ( empresário e sócio da ‘Ravelly’) atrás de um show nosso, e como nosso contrato era com o ‘Zueira Legal’, nós fomos fazer os shows com ele ( ‘Zueira Legal’), e Paulo fez a ‘Djavú’, para vendê-la aonde a ‘Ravelly’ não pudesse ir, e sobre as bandas que nos copiam, eu acho graça, e faço música, porque: ‘Ravelly manda bala, isso é melody e pode copiar”!


Oitava pergunta: Muito se fala acerca da participação dos djs Léo e Deivid na Banda Ravelly, e sobre a forma pela qual os mesmos deixaram a banda. Afinal, por qual motivo, os djs deixaram a banda? Dê sua versão dos fatos.
Bem,a participação dos djs eram na confecção dos playbacks, e no lugar onde a ‘Ravelly’ gravava, que era a casa deles, mas eles nunca pertenceram a banda, foram convidados mais se negaram porque eram sócios do Marlom Branco, na banda do Marlom, e na época não acreditaram que a ‘Ravelly’ ,pudesse se destacar no cenário, mais que a banda deles, tanto que nós oferecemos um cachê para que eles participassem da ‘Ravelly’, mas eles não aceitaram e seguimos nosso caminho,portanto não se pode deixar uma coisa pela qual você nunca participou, e ressalto que o motivo do nome deles estarem nas vinhetas no nosso primeiro álbum, e porque as músicas eram gravadas e mixadas na casa deles, eles colocaram seus nomes nas faixas e possivelmente poderiam participar da ‘Ravelly’,mas isso não chegou a acontecer.

Nona pergunta: Recentemente, uma reportagem chamada ‘o Watergate do tecnobrega’, foi veiculada em vários veículos de comunicação, afirmando que a Banda Djavú teria copiado todas as músicas da Banda Ravelly, pelo fato de uma vingança contra vocês, por não terem cumprido um show, à empresa de Paulo Palcos (dono da djavú). O que você tem a dizer sobre ?
Bom, trata- se de um desavisado, falando de coisas que não presenciou com ajuda de alguns paraenses,as fontes dessa matéria são equivocadas,mas a verdade de Deus aparecerá. Se fosse assim,como fala o Paulo Palcos,você contrataria um show de Roberto Carlos ligando pro escritório do rei, mas o escritório fala que a região, onde você quer fazer o show pertence a determinada pessoa,no caso em questão,‘Zueira Legal’,e que não será possível fazer o show pra você, ai você monta uma banda, grava as músicas do Roberto em seu cd, e diz pro Brasil que essas músicas são suas, então eu faço essa pergunta ao público : isso é certo? Analisem a respeito e deixe que as suas consciências falem.

Décima pergunta: Os djs Léo e Deivid afirmam serem os donos da música ‘Rubi’,dentre outras que já sabemos ... assim como o Dj Marlon Branco afirma ser o proprietário dessas músicas. Afinal, Vanda, de quem são as músicas ? Há um registro das mesmas?
A música é composta de três elementos fundamentais: melodia, harmonia e ritmo.A letra expressa o sentido tipo: ‘Eu vou botar a Paula pra remexer’, ‘A pedra todo mundo vai fazer.’, já o playback é o ritmo.Eu e o Max Sandro fazíamos as letras e melodias, e quando você registra no ECAD uma obra, registra a melodia e a poesia (letra), ao arranjador cabe os direitos sob o fonograma, não sob a melodia e a letra, e já que os djs não tiveram participação nessas, eles não podem reivindicar a autoria da música, e sim dos arranjos, sob o registro da editora play rec, que é a responsável pelo registro, e pela edição das músicas, e que tem sob seu poder, todo o material necessário para a comprovação dos direitos a mim constituídos.

Décima primeira pergunta: A Banda Djavú afirma ter uma liberação para cantar as músicas feitas por vocês, Banda Ravelly. Essa liberação realmente existe?
Não, é como você pegar o carro de alguém pedindo o consentimento do manobrista, eles devem ter uma autorização daqueles que se dizem donos, mas não são.

Décima segunda pergunta: O que a justiça resolveu acerca do caso Ravelly X Djavú?
Como está o andamento? Existe um processo?
Sim, existe um processo contra aqueles que se dizem donos das músicas, para então chegarmos na ‘Djavú’, que gravou sem nossa autorização.

Décima terceira pergunta: Hoje o ritmo technomelody está em alta no Brasil inteiro, assim como o calypso esteve há 4 anos atrás. Você tem receio de que o technomelody siga os mesmos passos do calypso?
O melody hoje está no caminho certo, nas mãos da Bis entretenimento e da Som Livre.Existe um movimento, assim como fizeram os baianos com o axé, os nordestinos com o forró, há um caminho a seguir uma direção, com o apoio das redes de comunicação, e do poder público que certamente verá o movimento ‘Technomelody Brasil’, viver por muitos e muitos anos.

Décima quarta pergunta: Vanda, quais são os planos da Banda Ravelly,para esse ano de 2010 ? O que podemos esperar?
Em primeiro lugar, provar de quem são essas músicas de verdade e provar do que ainda somos capazes. O volume 3 está quentinho, e já está se espalhando no Brasil, com inovações improváveis no ritmo, os nossos fãs e admiradores podem esperar surpresas maravilhosas, ainda mais agora com a parceria de Luiz Nascimento, compositor e arranjador musical, serviremos o prato musical dos próximos anos, e esperem este ‘misturê’.Minha linda, muito obrigada pela oportunidade que nos deu junto à esse site maravilhoso (bregapop) que relata de forma majestosa, a realidade de artistas que ajudam a formar um cenário musical, ainda pouco desbravado, mas muito rico, e cheio de vitalidade, afinal de contas alguém já falou ‘NORTE’, não se escreve com M. beijos a todos !

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